Política é arte de ser e fazer o que insistem em não querer


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ARTE DA COLETIVIDADE
(É a arte da vocação de todos os alguéns dum tempo)
Caso que engata na garganta dos que se afligem, nas entranhas tenebrosas dos que fingem
é o constante e ofegante jeito de existir, de intransigir, de acobertar o flagoroso conceito do agir.
A política nasce contagiante, acessos muito provocantes, confronto que não se pode esquecer;
os tomados pela sua voltagem, não se exaspera com bobagem, e segue seus passos no merecer.
Todos são políticos, cada um ao seu jeito, cada qual no seu peito, todos a fazerem sua provocação.
Na ofensa do ser, no entretenimento do ter, na confusão arrogante do fazer, todos bem que são.
Num tempo hesitante, mesmo num tempo instigante, cada alma viva, se laxiva, num instante;
basta que vernáculos impostos se afrontem, que vontades se confrontem, são todos bom amante.
Num calor ou outro da ventura, no chorar alarmente da desventura, abre-se a cortina velã,
multidões se nefastam por ela, condições se depravam na tela, cada vaga se desnuda bem sã.
Esta é a arte amaciada que as sociedades inspiram; a arte que, irmanada, às nações conspiram;
o consolo que todo chorão detesta, que lhe molesta, mas que o leva aos afãs que lhe transpiram.
Política, doce e terna política; achou-se materna e crítica, mas faz os ventos correrem ao norte
política, afável e danosa política, amável e caprichosa encíclica, a carta que a todos deixa forte.
Eis sua forma, sua mania de enforcar seu terror, a clemência de corações em busca de calor
que inspira, suavemente anima, morosamente confirma, os sonhos de gentes que tem ardor.
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INCÔMODOS QUE PROVOCA PESSOAS
(Para os que não se acomodam na cortesia do que não aceitam para si e para os outros)
Na redoma escancarada da convivência, no sanismo intolerante da vil, aos outros, interferência;
em relacionamentos efêmeros e transplantados, no covil escuro dos silêncios muitos educados,
há muito o que se engolir, sem intransigir, sem nunca se fugir... há muito o que vir a anestesiar.
Há cacifes, fomentos ardilosos para se pronunciar, rasteiras disformes que não sabem se calar.
É assim a política, a monalítica carência individual, que nunca se abrasa, nunca ventila o virtual
se acarranca, se amolanta, e com esta energia virtuosa, se embranha na busca de toda solução.
É, realmente, uma arte a se cultivar, um sabido acordão que, na vida, se mostra a acompanhar
se mostra evidente e favorável, se mostra em astúcia deplorável, resquícios da fraqueza inefável.
Caldeirão que se borbulha de fervor, uma "salada" inteira de timoneiros que só sabem navegar
mas, que por trás de tantas broncas e intrigas, se evidencia incomdados artistas de trilhas amigas
a se confundirem em palavras, atos, vergonhas, e temor; homens acanhados por algum amor.
Não se trata, apenas, de buscar seus interesses, de encontrar seus sonhos, os mais estranhos e vis
é muito mais, incompreensívelmente mais, a ponto de se doer, de perder, de não ganhar seu bis
é sentir que busca o coletivo, o de todos, o aperitivo, o novo, o interativo, o povo, da questão o xis
algo a mais que não lhe convenha, o resultado que obtenha, para sentir-se útil no seu aprendiz.
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PARA CONQUISTAR O PODER DOS OUTROS
(Jogo de insistências dos que dominam contra os que querem dominar em seus lugares)
Há verdades que precisam ser bem ditas, bem contadas, senão, deixam de ser mais liberdades.
Há entendendidos que precisam ser passivas, bem armadas, senão, deixam de ser as verdades.
Na política de ser teimoso, não se plastifica o contoso, o consoante ardiloso que cala maldades,
que não afina seu discurso a contar o seu conturso, sua vontade, verdade latente, suas beldades.
Tudo há de se contar, tudo tem de se falar, e o mais óbvio precisa ser assumido e nunca contido.
Uma das verdades óbvias, que ninguém pode duvidar, para os bons fins se ter e se alcançar,
é o do poder que o outro tem, que ao outro lhe convém; o poder de fazer e agir em nome do bem.
Esta verdade frutuosa e destemida, que alimenta em contra-partida, faz a difícil ser vencida,
informar à luz do dia, esta é a fala que contagia, a todos, com a convicção sincera, esta é a magia.
Não é gritar, não é perder o sabor envolvente da confiança, não é bradar, servindo desconfiança;
não é esconder algo, não é deslizar em talco, não é ser cego para justificar as dores em caldo;
é dizer, falar com a alma, temperar com a doce calma, comungar do que todos tem em palma;
é insistir, provar que não quer infringir a salma de todos que, juntos, podem lhe fazer conseguir.
Diga com veemência, do jeito que afasta as demências, os fracos, tolos que não vivem coerências;
diga com segurança, com astúcia ingênua de quem alcança, sem ganância, somente em sua ânsia.
Quer conquistar o poder que o outro tem, o poder que todos confiaram a quem não é do bem.
Quer dar gosto diferente ao glorioso poder, à força e jeitos que podem vencer, mudar o mundo...
Quer ser a própria diferença, autor da benquerença, seguir consciente os ardores da sua crença.
Um conquistador popular, nascido ou renascido para lutar, para vitória de todos, sempre buscar,
é só isso a dizer, só isso mesmo a viver, nada mais que isto para o mundo ver, a verdade, afinal.
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LUTA EM FAVOR DOS QUE REJEITAM
(Busca de ser o que não querem que seja na busca de encontrar o que não querem para si)
Ganham as ruas, os choros, as dúvidas, incertezas, avarias, as forte dores e lamentos de marias.
Ganham as ruas, as favelas, as merelas, as fontes tristes do pesar, que assustam o caminhar.
Ganham as ruas, enfrestadas de gente, as notícias quentes, que todos preferem, em fim, abafar.
Ganham as ruas, tudo isto, e nos trufes do quisto, homens políticos se enfram no afã de desejar.
Vão para as lutas das ruas, vão para as grutas das nuas, vão bradar pelos incômodos, as não suas.
Vão forçar os lantejos, acordar os bradejos, conformar os merejos, vão ser teimosos nos ansejos.
Vão brigar por guerras que não fizeram, até pelas que não os incomodam, guerras de outros.
Vão, muitas vezes, dar suas vidas, suas guaridas, seus tempos, prejuízos, as poucas queridas.
São homens arredis, como um, na vida, aprendiz, rejeito proponente que não sabe como parar.
São homens com ardiz, como um, na vida, meretriz, trejeito oponente que só sabe como bradar.
São homens em matriz, como um, na vda, que bendiz, estreito componente que não sabe dar ah!
São homens, um feliz, que na vida se contradiz, refeito em patente que vive sua vida a braguejar.
"Abram os portões", grita-se aos ventos do bom dia, grita-se aos tempos da alegria, ao mundo.
"Abram os porões", anima-se aos contentos que contagia, anima-se nos tentos que esfria, fundo.
"Abram os porções", agita-se os ungüentos da porfia, agita-se os nojentos que contagia, imundo.
Dispostos, vão desbravando os seus e os outros, defendendo anseios alheios, como vagabundos.
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ENGANO QUE LIBERTA ENGANADOS
(Qualquer coisa para enganar os que não quer que continuem enganados dos outros)
Maquiavélicas filosofias denominadas e amontoadas pelas ruas da pregação de eleições sutis
estragágeis anomalias encaracalhadas e afrontadas semi-nuas de coração e afeições em perfis
que ensinam um e vivem outro, lapidam uma e se entranha noutra, s enganam de se enganar
são capazes de pintar-se ouro, são rapazes gritar-se flouro, para o que não são, a todos mostrar.
Engano que liberta, dizem; cigano que acerta, fingem; árvores frondosas que não dão sombra.
Para viverem o "fim" que "justifica os meios", viver assim, se massifica, busca o bem de alheios;
vão além do brincar, vão além do dramatizar, encenar o que não são para o bem que acreditam;
estão aquém do brindar, são alguém a enfatizar, enfrentar o que são para o bem que militam.
O político é uma farsa, a política é uma graça, os dois buscam o bem e pelo mal dos eleitores
convivem e se corrompem, contra si, contra tudo e contra todos, debruçados em dissabores.
Precisam enganar senão não serão respeitados, aceitos, votados, não poderão o bem almejado.
Precisam esgassar senão não serão aprovados, afeitos, cotados, não poderão o bem planejado.
Cultura, má informação, julgar por si, não acreditar no próximo, estar sempre na defensiva,
o povo, por tempos, gosta de ser assim, prefere não mudar, se defente na que pode ofensiva.
Por paixão, vocação, desejo de ser útil, de mudar, de transformar, o político se aparece a todos,
enfrenta o ser chamado de inútil, paga para seu sonho formar, o político se aparece a enganar.
Parece, muitas vezes, ser o único caminho na trajetória, entre gentes que nunca contentes
idolatra, em regra, os que enganam, e por qualquer motivo despreza os que lhe fazem mentes.
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PARA O BEM DE TODOS
(Lidenança faminta de atender a necessidade de liderança que todos têem para conviver)
Todo mundo é político, toda a política sabe, todos sabem, por isto que todos exprimem vazão
todo assunto é crítico, toda crítica labe, todos fazem, todos se manifestam com uma boa razão.
Todos querem o bem de todos, há uma mística florescente na boa intenção de todos os políticos;
todos ferem os sem bolo, há uma rítmica incandescente na boa atenção de todos os acrílicos.
São fanáticos, são docentes, se amargam na boa tentativa de lutar pela felicidade dos alheios?
São anárquicos, são poentes, se agradam na atoa perspectiva de furlar a cidade dos anseios?
O que são? O que falam deles? O que esperam de cada um? O que dedicam aos tinos que dão?
Eles não stão, não são seres, não deram aplauso nenhum, jamais poderão ser o que não são.
São herdeiros de um desejo imenso, quase imensurável, dos que buscam o bom bem de todos;
são caseiros de um merejo intenso, mais que intolerável, no que ofuscam o tom, amém de tolos.
Lideranças que se esfomiam no proceder, com perversidade chefial que atende o seu vil dever.
Imperanças que se encaminham para ser, na probidade intelectual no "acende do mil a ter";
esperança que se emaniam em proceder, pela afinidade emocional, que se aprende no cio do ser.
A pólitica é destes cantos maviosos que atrai, e inspira, homens de todos os modos do lidar
convoca, persegue, provoca, consegue, faz o sonhador se tornar alvo de todas as reações a si;
uma onda de encantos atirosos que contrai, conspira, o militante de todos os modos a brilhar
se lhe abarroca, se lhe entregue, se lhe invoca, se lhe encarregue, ganhador no palmo assim:
anaconda de espantos, um verdadero papai que atira num instante, quando todos só sabem votar.