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Apresentação
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Introdução | |||||||||
Homem
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Religião
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Política
.. . INTRODUÇÃO E HOMEM
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No vácuo da existência, o homem já era
Para ele, por ele, o universo foi estendido
Querendo receber o melhor dos propósitos,
Como pais a aguardar o primogênito amado,
Deus organizou tudo, plantou e deu vida
E o grande Édem da Terra estava pronto,
E Deus saboreou sua melhor inspiração.
No desejo do Pai, no Seu largo tempo
Uma alegria infantil cheia de contento,
O Todo Poderoso gerou sua máxima criatura,
E deu forma ao destino, a todos os ventos
A tudo que anteviu no desenrolar das diabruras
Nos desagasalhos que Seu “hominho” daria,
E as amarguras que Seu feito faria.
Deus gerou numa gravidez de milênios
Numa aventura de previsões e cálculos,
Estabelecendo leis naturais e morais,
Fazendo ambientes e projetos nos tabernáculos
Atrevendo-se a criar o que não seria robô
Gentes de vontades e teimosias histéricas.
Nos bilhões que gerou tudo e todos,
Nos bilhões que varou a criação para criatura
O criador paciente, calculista e criativo,
Excessivamente criativo a toda prova doçura,
Se aventura, se avança no entusiasmo
De pagar caro, caríssimo, para ver acontecer,
Bilhões, que depois de tanto tempo, no porvir
Haveria de se perder, estar condenado
Jogado nas grutas da escuridão da dor
Na infância do terror do arrependimento tardo
A areia do mar, em todos os punhados,
Para eternizar-se com pouquíssimos
Gente pouca, mas o fruto do fruto do Seu fruto,
A premiação do correr do tempo elétrico,
Da paciência de “trilênios” de cantuários
Um jeito folgado de ver o que se gera
De sonhar e iver na alma, o que se espera.
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E o homem surgiu de sua eterna geração.
Evolução ou criação, ele tornou-se gente.
Num toque de dedo, metamorfosiou-se,
Num fechar de olhos, sagrou-se “alma vivente”.
O dia assistiu a criatura das criaturas,
Pelo fôlego que instou no coração da mente
Refletiu a eternidade de gestação madura
Refletiu a eternidade daquele momento sublime
Refletiu a eternidade que estava para ver.
A criação se fez
O primeiro Adão encerrou tudo que parecia ser feito
Todos arranjos para todos os milagres depois
Todas as leis e manias da natureza esperta
Todas exceções possíveis a exercer
Tudo pronto, até que o homem surgiu.
Numa primazia de inspiração divina
O Criador se superou em todos Seus feitos,
Sua perfeição se manifestou extravagante
E num êxtase, num estalo de exaltação
O sonho se tornou realidade bem viva
Milênios de preparação se confirma.
Deus começou a se fazer homem.
“Viu Deus que era bom”
Aprovava o último feito inserido no todo
Numa última palavra de aprovação
A criatura personificava todos os propósitos
Encarnava os anseios do próprio coração
Aforava em reticência e entusiasmo
As preferências alarmantes na criação.
Vendo que era muito bom,
Deus anunciava, com tranqüilidade divina,
Que tudo estava consumado, estava feito,
Todas as providências já compunham Seu amor.
Cada passo visível, invisível, da criação
Foi dado com a perfeição que Deus não se nega,
Cada um testemunhando o Todo Poderoso
A soberania que a sabedoria tem e emprega
O amor e o carinho que Ele não tinha como esconder.
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Dos sonhos e milênios do Criador do universo,
O homem tornou-se gente, era muito bom!
Corpo, alma e espírito, e povoou a extensa criação.
Imagem e Semelhança com o Todo-Poderoso
Acima de todos os feitos divinos na elaboração
Eis que a alegria da eternidade passou a existir.
Não era um robô, uma máquina para obediência
Não era um programa encarnado, para cumprimentos,
Era uma mente pensante capaz de querer diferente
Uma vida possante, estigada a ser rebelde em tempos
Façanha hermética de tesouros escondidos.
Sem medos ou frustrações em seus atos
O Criador lançou mão a fazer este homem
Deu-lhe toda corda possível em seus potenciais
Deu-lhe, da mesma forma, o bom senso e a intuição
Deu-lhe com mais calor, a inteligência e a perspicácia
E com tudo isso, o poder de usar esta corda fatal
Para apanhar, água na cacimba de salvações
Ou estirar em galhos, para se enforcar.
Indo e vindo por entre todos os criados
Sendo imprevisível entre as criaturas previsíveis
Decidindo, esquecendo, errando, fazendo acontecer,
O homem iniciou seus primeiros passos atentos
Rumo ao futuro, ao progresso, aos melhoramentos,
Fez o que não havia, mudou o que precisava
E o tempo foi se desenhando com traços perfeitos
A névoa da limitação foi se esgueirando a desaparecer.
Caminhando entre a obediência e o desobedecer
Relutando entre o buscar e o devanecer
A humanidade, “imagem e semelhança”
Atravessou os pântanos e distúrbios do vento
Aventurou-se no ousado e na benta heresia
E demonstrou com sabores de entretenimento
Que Deus calculou tudo, não tinha enquête vazia
Valeu a pena milênios de preparos e feituras
Para hoje, em estanidos de inspiração e agruras
Reconhecer que temos muito do nosso Pai.
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Deus se superou e criou a mulher!
Perfeccionismo extravagante de ser Deus.
Depois de tanto ensaio, buscando melhorar
Chegou ao homem, mas queria mais e fez!
Num rompante de profunda inspiração
Os dedos celestes desenharam a beleza
A alva criadora demarcou a alma feminina
E a humanidade foi aperfeiçoada a uma canção.
Nas curvas da silhueta e do carinho de ser gente
Na brandura do falar, do pensar e do agir
Sapiência, inteligência e conveniência de vida,
A mulher surge no momento máximo
Quando parecia que o Criador encerrava.
Encantada depois de ser feito o outro
Ela toma seu lugar de rainha, de fantasia
Derrama encanto por toda a imensa criação.
Assistiu e participou pessoalmente
Deus se contemplava no todo da sua criatura última
Ele se realizava na formosura contente.
Era a flor que faltava ao jardim verde
O toque genuíno do bom gosto invejável,
A assinatura na obra de arte do Deus eterno.
A deliciosa cantura veio dar espírito, alma
À parte de Deus contida em todo ser.
Veio para dar fundamento ao livre arbítrio,
Para inspirar homens a Deus e Seus planos,
Para conspirar o resto ao inferno.
Se é grande o braço do Senhor
Mantendo bênçãos e alegrias ao mundo cruel,
Trazendo bom senso e fraternidade do amor
É também, portadora das agruras do fel
Esteio alado, motivo contundente da dor
O adendo motivador dos efêmeros de réu.
Mulher, é dos anjos do céu, o enfeite
Que abate, que levanta num toque de aceite.
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Santas criaturas que os céus não puderam conter
Monumento divino de perfeição singular,
As mulheres que habitam este planeta
São atuações completas do próprio Deus
Na vida, no suporte, na prevenção dos homens capeta.
Evas celestes, flores eternas, que em instinto
São festejos de prazer e alegrias neste mundo
São esteios afáveis no mundo que pressinto.
Criadas e predestinadas, as fêmeas do Criador
São, naturalmente, tudo que os homens são
Em dosagem muito maior, num destino previsor
Capaz de colocar sobre seus ombros frágeis
O destino e a realização do outro inferior.
Geradora da vida, geradora do existir de todos
Elas seguem a vida gerando mais, e tudo acontece
Levam os homens a serem o que não são
Fazem o existir uma alegre distração.
Essas criaturas belas e demais criativas
Da poesia, do invento, de tudo mais, são inspiração
Vivem, existem, não precisam fazer nada
E por si, com classe, providenciam ao coração
Num êxtase intuitivo de quem sabe tudo
Corporiza e facina com extrema afeição
A presença espontânea da divina perfeição.
De um jeito ou outro, são lindas e eficazes
São inteligentes, astutas, sábias e vorazes
Encantos que nenhum homem se assemelha
Fazem enorme diferença onde não estão
O motivo único para o mundo sobreviver-se
O motivo único para os homens não estarem caos.
Com esse toque divino nesse ser ilimitado,
Até os erros que cometem se tornam acertos
Até os pecados que praticam se fazem perdão,
Têm motivos suficientes no seu galardão
Para os crimes que provocam
Para as falhas que, quase nunca surgem.
São tudo em todos, são o próprio Deus ativo
No dia a dia da família, do trabalho, dos cativos.
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Mais que simples oferenda de carinho
Mais que uma ordem divina de casar,
A mulher é uma solução, um jeito do coração
Uma cantiga de anjos, festejo dos céus
Para a vida de cada homem,
Um empurrão, o “animus” que a graça nos dar.
A criação fez o másculo, para a força trabalhar,
E a misericórdia providenciou a fêmea
Para com glória e sabedoria fazer o pensar.
Filho, força e feira
Pra nada mais o outro presta, como homem,
Mas, o charme, a tenacidade da mulher,
Mesmo não querendo, administra com ardor
Faz do pouco, do esquecido, o qualquer
O acontecido, o belo, o ato confrontador,
São muita mais
Nem elas imaginam quanto
Além do que o homem possa entender
Mais do que possamos compreender o tanto.
A frágil mulher de cada sonho
Nunca é vítima, qualquer que seja a situação
Foi criada com o mimo do bem do Senhor
Foi criada pra minimizar perigos da comoção
E embriagada por este compromisso primeiro
Esbanja sapiência no trato de toda emoção.
Sedução, jeitinhos, carência e afetos maior
Ela mesma, todos ao redor, o mundo todo
Não pode ver que solteira ela venha ficar
Por mais e melhores motivos que tenha.
Ela deve ser empurrada ao casamento
E é a única que pode passar sem isso.
Ela faz o homem
Direciona seus passos, fazendo-o pensar que
Dando a tender que é submissa por prazer
E se faz, auto se realiza em paixão
Carregando todo o preço do convencer.
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Máscara impura que seja gente
Frustrante tentativa de afeiçoar o que sente;
O homem é uma pressa mal contada
Um aborto inconveniente.
O ser “machão” é uma disposição desensaiada
De tornar-se um pouco pior, nos descontentes.
O que mais seria o filho de mulher?
Encorajado pela mãe que lhe deu a luz
O pequeno ser é m aventureiro desmedido
Um jogador relaxado e inveterado
Que pretende cantar os dias do seu lido
Como piada engraçada a um mal humorado.
Inconsciente, por causa de temores mínimos,
O que lhe incomoda no pai dos seus filhos
A mãe desenvolve qual estrela nos seus brilhos
A desconsertante tarefa de argumentar o mal
Que seu homenzinho , latente, saberá expor como varal.
Não herda nada da gestação, nada lhe contribui
Parece uma espécie que nasce de outra
Parece uma messe de grandes extravagâncias.
O sol nunca lhe será suficiente a contento
Estrelas nunca lhe brilhará na mente
Passará pelos dias, pela vida, pelo momento
E nunca conseguirá realização de gente.
Os poucos homens, coitados, pelo destino
Que ainda conseguem esboçar no raro
Fagulhas de bom senso e aspiração do bem
São os eternos “filhos de mamãe”, os caros
Famintos de agradar, da mulher, seu amém.
Não tem nenhum sentido, mesmo para si,
Os homens estão sempre em desvantagens
Qualquer que seja a circunstâncias com elas,
Por isso são valentes, brutos, estúpidos,
São indiferentes, não podem sair perdendo
Se jogam para o nada, no nada, fedendo.
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Pra quê que serve este bicho chamado homem?
Os séculos, os tempos inteiros têm perguntado.
Cada vez que é ignorante, que é bruto
Quando não age com o coração, age com furto,
Na chama de atos nocivos contra si próprio,
A mesma pergunta é feita sem parar:
Pra quê que serve este bicho chamado homem?
O tapa no rosto de uma mulher, que o bicho dá
Retrata com devassidão, o arbítrio da situação...
Este gesto arrepiante de contornos brutais
Trás consigo, como pólvora pronta a detonar
A esperteza angustiante que a alma do homem tem.
Esse toque violento e contagiado de mordaça
É uma amostra contida do espírito vazio e febril
Que o encouraçado possui por baixo da pele.
Esse beijo de tolo tão comum, nas falas masculinas
Sintoniza o verme numa posição inferior
Formaliza o serme numa condição: inferior.
Uma serventia, uma utilidade, um prestativo:
Um razoável portador de sêmem.
O responsável pela reprodução feminina.
Por causa disto e para isto cabe ao bicho....
A produção intensiva da semente a ser escolhida
A conservação deste líquido valioso e essencial
O transporte perfeito para cada momento ideal
O incentivo criativo para levá-la a este prazer
A fecundação, o ato sublime de fazê-la mulher
O sustento, a luta e a conquista da sua saúde
O amparo em todos aspectos de sua carência
A proteção, o ombro largo para dar segurança
O assumir, dela, da prole, e o que ela preferir.
Uma serventia, podemos concluir,
Conservar o sexo frágil por toda circunstância
Levá-la sã e salva ao futuro bem distante
Com o máximo de mordomia que for
Como amostra perfeita da perfeição divina
Como prova cabal do próprio Deus Criador.
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A natureza sempre pareceu benevolente
Sempre mostrou-se ocupada para o homem
E este, numa concordata favorável e nata,
Sempre se deu a aceitar e desfrutar disso.
O tolo, como menino embevecido com doce,
Se lança com essa bandeira em feitiço.
Tudo que faz, tudo que cria, tudo que mexe
Conta a mentira de sua auto suficiência
Exibe a asneira de uma superioridade fajuta.
Na verdade, a fragilidade do bicho carece
Essas inverdades o incentivam , os fortalecem
Os impulsionam a serem mais serviçais.
Superioridade é não precisar de lorotas
É ser superior, mesmo tudo dizendo contrário
Mesmo sob domínio de tolos inconstantes.
Superioridade é estar num ambiente de fracos
E de forma sublime se fazer mais fraco
E numa riqueza de alma, algo só do céu
Ainda amparar os que se dizem fortes e astutos.
A sabedoria aconselha, que os mais vivos dos homens
São aqueles que saem do ataque, abandonam a defesa
Dá uma impressão social de ser o cabeça
E se debruça na felicidade de uma dependência.
Para ser homem, o homem precisa
Do ombro carinhoso , do toque feminino do céu;
Precisa da voz angelical que lhe embala
Da beleza que engraça seus olhos de macho.
Para ser homem, o homem precisa
Da atenção e cuidado materno da namorada
Do afeto amoroso e sedutor da mãe querida.
Para ser homem, o homem precisa
Deixar de ser o tolo que exige a liderança
E assumir, como frágil, a chefia permitida
Aquela que a mulher que lhe domina
Lhe permite, com o suave fragor, em sua vida.
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No estalar de olhos, no encontro de células
Mais uma vida chega ao mundo da vida
Mais uma lida começa a se formar potente
Mais uma intriga se apossando de seu espaço.
O momento mágico da concepção de um ser
Relembra toda fantasia contida em toda alma
Inspira a existência a se manter viva e linda.
O início criativo da pessoa, quando nasce mesmo
Quando toma posse do pensar e do seu querer
Dá sentido a tudo, dá guarida até ao inexistente.
Do ato fecundante das criaturas a sexuar
Por amor, por um motivo ou outro qualquer,
A vida se concebe e a natureza se esbanja
E num grito de vitória, toda ela se espalha
Criando espaço pra receber o novo ser infante.
O tempo que se rompe na gestação, a arte,
O corpo que cresce, toma formas, faz-se gente
Conforme a riqueza do destinado pelo Senhor
Entorna a viveza do preservado com amor
Esboçado em detalhes na nova alma a nascer,
Sem muito o que esconder ao mundo exterior
Pressionando espaços, exigindo direitos
Mais uma pessoa se arrisca a existir com dignidade.
Ontem não existia, nem se imaginava quem seria,
Era um possível vento que poderia passar
Uma possível tempestade que não havia como pensar.
Hoje já é gente, acaba de ser frente de esperança
Já se pode fazer previsões para futuros certos,
Já se sente que demonstra vida e vitalidade
Um ser, alguém está para chegar também.
Amanhã, por tempos necessários, será formado
Mente, corpo e espírito, cada um, de um jeito
Se delineará como perfume derramado,
Volverá novos comportamentos, novas extravagâncias
Colidirá entre o natural e o sobrenatural
Dará contas de seus motivos para vir
Fará de tudo para ensinar como existir.
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Recebe-se a luz e a vida nasce do não existir
E numa ventania que o tempo carrega
A cegonha aparece com notícias alegres
Com esperanças deslumbrantes de amor
Trazendo no bico longo o embrulho esperado.
A vida nasce de novo, a humanidade também
O mundo reabre-se em mais uma tentativa
De recomeço, de nova luz, de novo vigor.
Num sopro divino, novos olhos chegam
E com ele, eis que as festas brotam o céu
Tudo é novo, a novidade agrada o mais triste
Um novo ser se torna gente pra todos nós
O mundo inteiro se reveste de novo brilho
As trevas da noite volta a ter o sol da manhã
Novas histórias começam a circular por aí;
É uma vida em nascimento
Não importa como nasce, de quem nasce,
Não importa nada que qualifique o ato natural,
Alguém cruzou os umbrais de quem passe
Alguém acaba de chegar para tantos vivos
Para muitos que o esperam na ansiedade
No limiar do carinho surpreso dos midos
O choro estala nos horizontes da garganta
Choros comoventes se rompem de angustias,
Nasceu alguém, mais um filho da humanidade
Mais um “trocinho” do afago coletivo.
Nesse portal de vida, o nascimento do ser,
Está centrada toda ansiedade de multidões
Concentram-se na espera ambiciosa e viril
Do próximo sábio, o próximo gênio, a luz,
Do próximo líder, o próximo inovador,
Os próximos homens que colorirão a vida
Que darão as cores que o progresso precisa
Para dar à próxima geração
Muito mais do que esta receber da anterior.
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Nasceu, outro milagre está para acontecer.
Numa graduação em inércia sobrenatural
O serzinho vai crescer, vai marchar na vida
E dando significado, camuflando o casual
O homem vai se tornar mais homem
Durante o desenrolar desse astral.
Em passos deslumbrantes, nos dias que passarão
A vida testemunhará o que a vida fará
Em cada presépio em crescimento
Em cada esperança no seu rejuvenecimento.
Sem medidas limitantes, a própria existência...
Em sua pressa de ser morosa no que tem a fazer
Comungará sua lealdade a todos as leis
Será fiel a toda determinação do criador.
O ser nascido já nasce crescendo “in vivo”
É a própria demonstração do que seja perfeito
É o próprio Deus, pessoalmente, individualmente
Tratando, com exclusividade, cada homem seu.
A natureza faz a diferença desde o que vai fazendo
Até mesmo, em cada adaptação que vai trazendo
Parecendo mãos divinas, seus dedos no mover
Fazendo de um corpo, um coração e uma mente,
Que acabara de receber luz e respiração
O crescimento necessário e vital à humanidade.
Não é uma pessoa que nasceu! Um neném que veio!
É o melhoramento que se opera no seu humano,
É Deus concretizando sua criação final,
Um tipo de evolução que ainda se formaliza
Tudo determinado pela vontade e propósito de Deus.
Cada nascimento trás após si, um crescer olístico,
Deus se derramando num show insuperável
Ele se auto-superando em cada situação
Dando vida ao projeto perfeito inicial da criação.
Quem nasce, cresce
Isso significa muito mais do que se entende
Isso é muito maior do que se compreende
É a perfeita vontade do Senhor a se mostrar.
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No crescimento, como passa no crescimento,
O tempo do decrescer, do arrefecimento
Da discórdia, da revolta, da intransigência
Do martírio de si mesmo e de tudo ao redor.
Nesta evolução do ser, da humanidade da vida
A pessoa que se descobre na adolescência
Se joga contra tudo e todos na fugaz juventude,
Se enclausura nos seus próprios temores
Se corrompe nas suas próprias discussões.
É o tempo de impor vontades pessoais
De fazer tudo do melhor jeito, como se quer
De armar guerras justas, inimigos gratuitos
De camuflar mentiras que pareçam benéficas.
Neste desenrolar fortuito de asperezas
Nestes andar doloroso da ingrata carruagem
Os homens maturam todos contemporâneos
Formoseiam todos que lhes pareçam contrários
E cosmoficam o sábio caminhar dos mais velhos.
O vigor fértil da juventude intolerante
É um atoleiro tedioso que provoca a sabedoria,
É a opção insustentável e terrorista
Que se faz vulnerável e antagônica a eles mesmos,
Para tanto, basta, com mínimo de paciência,
Dár-se tempo ao tempo para se ver com jeito
O feitiço engolir o próprio feiticeiro,
O mal por si só se auto-destruir
Cobra engolindo cobra, e
Abismo atraindo abismo.
Basta, com um mínimo de consciência
Dar corda, alimentar o ego, incentivar o tolo,
Da corda, ele providenciará uma forca
Do ego, ele destilará o seu melhor veneno
E da tolice o conselho mais apropriado.
Juventude é isto, sem tirar nem por,
Um licor amargo que fabrica seu vício finado
Um andor barato para procissão de si, como senhor.
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Estampa na existência a volta à vida
A fase ingrata e faminta daquela juventude
Já está no passado, passou da forma que chegou.
O que sobrou daquelas infames piruetas vividas
O que restou daquelas conturbadas defesas assumidas
As conseqüências dolorosas...
Das tantas tolices provocadas por nada
Serão aproveitadas, ao máximo, no novo proceder.
Agora, tudo é diferente,
No correr natural da adultice chegada
Até os erros cometidos são bálsamos de sabedoria
Até as teimosias irreparáveis são exemplos...
Atitudes convenientes de um sábio cheio de razão.
Agora, tudo é diferente
Os passos dormentes da tolice juvenil, que se foram
Mesmo que se queiram, como repetidos
Não se conseguem ser assumidos, retocados
Por mais que a teimosia consciente queira.
Agora tudo é muito diferente.
A humanidade se reencontra nesse tempo áureo
Os trilhos são retomados em pleno vigor
As linhas do bom senso e da sábia visão
Tornam-se páreos alegres e de temor nulo
Agora não importa o preço a se pagar
Não importa o preço pelo que se deixa de ganhar,
O mais importante torna-se como é.
Meninices são esquecidas dos seus ardores
As fugas ordinárias não despertam sabores.
O jovem deixou de ser, para crescer
O mundo evoluiu, está além dos limites.
O adulto é o melhor brinde da criação
É o êxtase do criador, com sua própria mão
O ser criado se aproxima com toda avidez
Da “imagem e semelhança” para o qual existe
A explosão fascinante de um Deus perfeito.
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O depois da adultice, que tanto encanta,
É a prória adultice, ao se colher seus frutos.
Não se é mais sábio que antes, neste instante
Mas é o momento delicioso de desfrutar
Do que se tem vivido, até por novo instinto,
Do pão doce que, as próprias mãos, modelou.
Vá, é tempo de continuar fazer melhor,
Mas principalmente viver o melhor que tem feito.
Na corrida do tempo, a esta altura, com prazer,
O adulto já é avô ou bisavô da sua prole...
Pai de alguém que já entra na adultice que vê
Avô de alguém que se declina na juventude “et”
Bisavô de alguém que nasceu e está a crescer.
A sabedoria nata, no seio restauroso deste ancião
É o de ser um para cada destes seus
É o de fazer dum jeito, abordado por Deus
O caminho que coincida com a exigência deles
Na paz, sem controvérsia, no respeito farol
Onde cada qual conviva bem nos limiares de cada qual.
Neste lugar, na cronologia que a existência tem,
O sorriso é muito mais caro que a vontade,
A companhia é superior à intolerância do bem
A paz, por mais difícil que seja, está acima de tudo
E por causa de tudo isto, não resta outro pensar:
“tudo é vaidade”, tudo é efêmero
nada é motivo de guerra, defesas, transtornos.
Depois de tanta briga, e tantas perdas grandes,
Depois de tantas tolices e loucuras irreparáveis
A idade nos mostra que: no passado, por nada
Vivermos o tempo inteiro dando murro em ponta de faca.
Ó vida, neste existir, de profunda injustiça
Ó caminhada desajeitada dos nossos passos maus!
Quando temos toda condição de viver o melhor,
Quando não sabemos trilhar o passado de paus,
A energia da juventude já está desgastada
As oportunidades do tudo fazer, já está caos,
O que resta é assistir calado outros chegarem
Cada um rejeitando conselhos, penando, fazendo-se o tal.
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“Querer é Poder”, já diz os passados conselhos,
“O Mundo Começa no meu Coração”, a verdade
“Posso Todas as Coisas”, as afirmativas são muitas
A auto-confiança se encanta rio a fora.
O mundo está aí, fácil pra ser conquistado
Mas, “duro e impossível pra quem é mole”.
Numa caminha diuturna e vital
A humanidade acorda todos os dias
E numa ousadia auto-determinada, sem igual
Embranha-se a matar seus muitos leões,
Uns numa carência maior que outros mais
Voltando cada noite para dormir vitorioso ou covarde
Descansa para recomeçar o novo dia a nascer.
Cada madrugada trás uma ansiedade diferente
Os dias se repetem com seus proclamas ruins
Mas, maior que todos empecilhos danosos
O coração de cad ser, a determinação no parecer
Determina quem, dos muitos acordados,
Voltará para o casebre ou para o palácio
Voltará para a família feliz ou o inferno.
Nessa caminhada diuturna e vital
Todo mundo recebe quantidades de sementes
Suficientes para aposentadorias seguras:
Uns não sabem o que fazer, jogam fora,
Outros nem sabem que recebem, perdem fora
Mas entre os pobres e os ricos de todo dia,
Há os que vêem “grandes possibilidades”
E saberão jogar bem aquilo que tem em mãos.
Nesta caminha diuturna e vital
O homem faz e traça seu todo destino
Carrega nas costas os tijolos do futuro
Pareia seu amanhã com formosura e desatino
O homem, cada um, é um fabricante de sonho
Do seu próprio sonho, aquele que quer sonhar.
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Bons olhos de ver o mundo
Entusiasmo de rir a toa
Vigia seleta de observar a vida
Um caso entusiasmo que nos soa.
Não há males, não ruins
Aquele que não consegue lamentar agruras
As circunstâncias se mostram duras
Elas podem até ferir,
Mas não cede, não chora
Não vê porque entristecer.
A vida é assim
O tolo abraça o urubu
Assume olhos de carniceiro
E se debruça em lixeiros.
O sábio que quer ser sábio
Busca o beija-a-flor pra se abraçar
Assume olhos coloridos, floridos
E se debruça no seu alegrar.
Existe aquele que não é tolo
Não gosta de ser seu inimigo
Confia, descansa na fé que tem
Aproveita que Deus sabe como agir
Deleita-se na sua provisão.
Como ser diferente?
Como poderia alguém ser diferente?
Como consegue não ser assim?
Se tudo é assim?
Se não consegue ser diferente?
É tudo uma questão
De ser realmente diferente.
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É azar que nada, ou qualquer coisa assim!
Perseguição, marcação ou coisa afim!
Nada justifica os olhos negros dum tolo
De alguém malévolo, auto-destrutível
Que sobreviva de piorar o ardil de bôbo.
Nada justiica a cegueira talentosa que vê
A besteira morosa que se mira ao espelho
A tolice conformada de quem tem prazer
Em duvidar funesto do otimismo.
Numa indecorosa procissão de desassossegos
O pessimista marcha rumo ao atraso
Em vozes escandalosas, arremete morcegos
Uma tristeza de desalentos no marasmo.
O homem das trevas é um prisioneiro de si
Um coitado que mora nas suas sombras
Um cantante desafinado que na sua cachaça
Se prepara uma cama de durezas e trombas
Uma desgraça ambulante que se abraça.
Freios incontidos em todo desejo e sonho
Pedal freqüentado contra o mundo a avançar
A doença das trevas tem sempre uma palavra
Ele terá, incondicionalmente, um grito a dar
Contra tudo que seja novo, avante e bom!
Já não é gente, incômodo aos que lhe rodeiam
Já perderam muito, tempos a fora
E ele sabe que isso sempre lhe aconteceu
Mas não consegue ser diferente
Não consegue ser seu melhor amigo.
Em ventos frios ou quentes que venham
Mesmo quando nada possa impedir
Ainda assim o anseio retrógrado falará
Dará motivos, sem nenhuma solução, pleitará
Não deixando, pelo menos, que se pense a favor.
A sina de gente assim, pra eles e os outros,
É de fracasso, um doce azedo no mundo
Uma fruta entulhada e avessa no sexto
A própria dor da perda, no fundo, no fundo.
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Na Ciência Jurídica que aos homens se destina,
Na visão seleta de julgar o proceder social
A terminologia de cada ato e cada acontecer
Pode nos trazer riquezas que determinam
Que dão sentido e diretrizes ao sobreviver.
Rebuscando todos os conceitos curriculares,
Na jurisprudência, na legislação e na doutrina,
Nos objetivos e no entender holística do ser
Uma afirmativa se deflagra em sua clareza:
O homem nasce para vier bem com os seus,
Um poço de bondade a transbordar.
Acreditar no outro, é a boa política
Confiar e esperar o melhor de cada interior
Dedicar oportunidade a isto, que se manifeste.
O que leva o coração a parecer obstinado
Transfigurado a atitudes hostis e inúteis
São as severas e continuadas circunstâncias
As turbulências exteriores da vizinhança.
Na sua limitude infinda e perspicaz
A criatura, a humanidade, se fantasia
Reclama a beleza intrínseca, profunda,
E uma espontaneidade cotidiana e danosa
De se influencia com tenacidade febril
Pelo meio neutro, extravagante, absurdo.
Está certo, é bom, é capaz, é muito mais
Até que se prove o contrario, mesmo!
Na justiça de todos os dias, em todos nós,
A visão otimista e benéfica do direito
Para com a criatura do Senhor Criador,
Visão de um homem para outro, noutro,
Faz o ser acreditar n’outro ser
Esperar que do outro não há “ruim”
Mostrando que é possível o bem convier
Ninguém é diferente de ninguém.
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Não é “produto do meio”, isso não é coerente;
O homem, na sua metáfora existência útil
É produto da mesma sociedade que planta
É fruto do meio que ardiloso, ele se cria
É vítima do próprio veneno que destila.
Atitudes, sentimentos e o que mais lhe vem
Formatam-se na ardura comovente
Que o extrato do meio lhe agulha feliz.
Máquina manipulada pelo passado vivido
Mecanismo esquartejado pelo presente aqui
O ser criado é uma obra de arte do tempo.
Dirigido na direção que todos lhe apontam,
Arquejado em prontidão duma maioria
O ser criado é uma obra de arte do meio.
Camaleão que ganha o dia com sua cor
Conveniência, proteção em se acomodar
Vale a pena ser vítima, não insurgir na voz
Ser parte do movimento transformador.
Artesanato apropriado, adaptado, um tijolo
O homem se satisfaz repetindo sua sina
“Maria vai com as outras”, imbecil, um tolo
a mesmice vergonhosa e atrevida.
A quem cobrar os pecados de cada um?
A quem cobrar estes trapos deformadores?
Do próprio ser? do Criador? do meio?
Da humanidade? Qual delas e o que cobrar?
Aquela de onde tudo começou?
Aquela que recebeu a culpa e transmitiu?
Aquela que recebe e planta culpa no futuro?
Ou até aquela que vai receber...
e que saberá produzir mais culpa ao depois?
O homem é produto de si mesmo
Fruto incontido das virtudes que defende
Vítima dos desafios que suas mãos criaram.
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Cantos e recantos que povoam nossos dias,
Arbitrariedades que o cotidiano nos reserva
Circunstâncias favoritas e atormentadoras
Coisinhas que nos ocorrem em freqüência
É o nosso dia a dia de cada dia, só nosso.
Na fecundidade de nossas existências viris
São as circunstâncias, os nossos alentos capazes,
Nossos talentos, habilidades de feições mirins
Que num momento nos enche de glórias
Noutro, num virar de formosura e confete
Nos aborda em limiar de nossas histórias.
A todo momento a vida nos ocupa mansa
E num suspiro em brisa, nos envolve bem
E em jeito proposital, de quem nunca cansa
Nos toma aos braços, nos carrega, se envolve também.
Euforia que nos canta versos de conforto
As contingências são companheiras do coração
Retratam as opções e companhias que escolhemos
As alegrias e desacertos de nossa paixão
São festas que o cotidiano sabe reservar
Pura crendice de quem precisa acreditar
Os relatos que o tempo promove a cada instante
Que os olhos contemplam em cada cantante
Demonstram vivos, o privilégio de quem existe
A névoa fresca de quem pretende e assiste.
Tudo pode acontecer com quem respira e sonha
Com quem acorda e se levanta da cama pra viver
Com quem quer e sai ao mundo a poder
Circunstâncias não faltam aos mortais do agir.
Ensopados em suas agruras, por pior que sejam,
Atolados em todo, nas lamas a enfrentar
Cabe ao homem erguer os olhos ao horizonte
Buscar confiança em si, no tempo, e no amanha,
Sair vitorioso em busca da melhor fonte
E ganhar a vida com sorriso nos lábios da fé.
Olhando todas estas circunstâncias perenais
Notando o porque e os objetivos a permitir
Vê-se o homem superando-se aos ancestrais.
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Carisma de ver Deus, de entender Deus
Visão extrema de dirigir este anseio da alma
A teologia se afaga a tornear o inexplicável
Se desenha na esperança de mostrar o invisível.
O teólogo é um “busca fantasma” eufórico
Consegue ver o que ninguém vê ou pré-sente,
Entende o que é impossível a qualquer outro.
Andar pela teologia é andar sobre o nada
É escorregar pelo fio intocável do sobrenatural.
Sobre o homem, no seu trato e vasões com Deus,
A Teologia denota o que os olhos do Criador vê...
Todo homem é ruim, mal, perverso, rebelde,
Impossível de ser encontrado de olhos aos céus
Impossível de ser interessado no agrado a Deus.
A melhor maneira de explicar e sublimar Deus
É rastejar e humilhar o ser criado
Depois de tudo que passou depois da criação.
São extremos no labirinto real,
Não há como dignificar um, na sua essência,
Sem menosprezar a conivência do outro;
Não há como colorir as riquezas de um
Sem roubar cor e formosura do outro.
Fazer teologia é tudo isto, é a corda bamba,
É ser cruel na fascinação extrema de um
É se aventurar a buscar as virtudes de um
Cataclismando a rudeza funesta do outro.
O teólogo já conhece o Deus profundo,
No máximo que a mente chega a alcançar;
Sabe tudo que é permitido se fundar.
O papel extenso que o aguarda, por incrível,
Não é ir além do que lhe possível ver,
Mas o de aclarar, esvaziar no que puder
o que todos, nas suas experiências, já entendem
mas que seus raciocínios não compreendem;
o teólogo é um babá de consciências
e a melhor metodologia que a teologia visa
é produzir a visão correta de cada um
no mais distante que se veja de Deus.
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Ruindade de gente impressiona a gente
A alma da humanidade está impregnada
O coração não sabe nem consegue, se quiser
Maquinar o que não lhe é ruim,
O que não lhe seja de arder o bem querer.
As religiões, pretendendo prover este mal,
Avançam em sugestões que flagram a dizer
A respostas pra superar o que mais condena.
Uma, na alma do ser, que sai em busca da outra
Que imprime e se subjuga no tato da outra;
A religião coletiva é a outra que ofende e fere
Mas que se importa para a humanidade se conviver.
Há uma toda atmosfera de gentileza que serve
Uma abóbada de estranha camuflagem cega
Que entrega o ser criado a essa carência hostil,
Repleta de sofismas irreparáveis que enxerga
Todos os defeitos e suas conseqüências crônicas.
Esta amargura se alastra, se confunde ao léu
Faz festejos terríveis, compromissos existenciais
Para que o homem, todos eles, só se encontre
Só venha desfrutar de si mesmo, no descanso
Dos dogmas sem contas que a religião apronte.
A maldade que habita a alma de toda criação
Que faz do criado o avesso daquela formação
Translude e o empurra a qualquer religião
Despertando, por esse único jeito, a beleza gentil
A ferramenta que inspira a vivência em canção.
A febre religiosa se multiplica aos milhões
E todo dia se aglomera nos cantos de esquinas
Engodando astutos e involuntários torrões
Encrustrando a sede alheia do desejo de punição
Como meio divino e justo de propiciação
Neste carrossel veloz de pura intervenção.
O coração do homem é eterno e perverso
O carrega ao desespero da desobediência de si
O machuca na tristeza de jogar-se contra
É o sustento de toda religiosidade afim.
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A ruindade ainda “dá pão para muita manga”
Até que faz o próprio homem se encontrar
Numa extorsão de caráter, numa semelhança de si mesmo
Esta personalidade esquisita e mal fazeja
Rebelde e incompreensiva por fatal extinto
Tem se mostrado em mudança de bandeja
Quando o espelho do existir, em acordes nato
Lhe arranca a certeza do “ser difiícil”
Que sua alma comporta em seu mato.
Quer dominar esta fera desastrosa?
Quer mover-lhe a astúcia de empório vão?
Traspassa a lembrança ingrata de sua prosa
Chama o fulano à verdade do coração;
Recordar a infâmia atrevida do seu caráter
E qualquer homem cairá a qualquer mercê.
O que faz o ser estender-se contra a obediência
Ser uma forma latente de insuficiência,
É o mesmo antídoto traiçoeiro da falência
Que nas doses adequadas, de eficiência rara
Faz o mesmo homem dobrar-se humilde
Rastejante e demais entregue à cara
Instrumento fiel de manejo e tolices
Um tonto decidido a comungar sua clara.
O feitiço contra o próprio raquítico feiticeiro,
O veneno debelado contra a própria língua,
A anti-bondade que incomoda toda a alma
Que invalida a “imagem e semelhança”
É o próprio vento, a tempestade contra si.
Num carrossel de clangores afinados e nítidos
Na corrida de seus pares em busca de encontrar-se
A ruindade formatada na brancura da invasão
É o remédio azedo, amagro, danado de ruim
O único jeito de chamar a fera ao meditar
De fazer o autor, em largas, se encontrar
E entender alguma pressa em se buscar
Chegando à submissão de sua própria vida.
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