Muitas e Variadas Falas de Sociedade e Gente

SOCIEDADE E GENTE
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VONTADE DE SER INDIFERENTE?
Não "tá" nem aí, como muitas pessoas por aí
ser indiferente no que fazem por aí, seria um bom sonho
seria uma boa estratégia de ser impessoal
uma maravilhosa estratégia de não sofrer, não se incomodar
ganhar o mundo como se houver algum
ser livre, como se houvesse liberdade
sair da "matrix"., viver como se houvesse vida
ô vontade em meu coração
ô vontade em minha situação 
como conseguir? Como ir além disto que sou
como ir além do que não consigo fugir de ser?
Eis a questão, eis o sofrimento, eis a vida.
(30Nov2021)


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A SOCIEDADE CANTA DE SI MESMA
Canto grosto de uma gralha ardil e ansiosa
que amarga suas dores, desencantos e presságios
que instaura suas amarras tangil e rancorosas

faz fetiches de falácias com seus bondosos adágios.

A sociedade é sempre, desta forma, entenebrecida
dessas gentes que se encobre de ânsias falecidas
que se ensoberbece de suas próprias reclamações
pra dizer que sabe bem a quem sua vida é parecida.
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É de romper a estória que se alarga
que abre caminhos de fantasias estonteantes
enfeitiçando suas crias e o que lhe abarca
fazendo figas pra vizinhos que lhes são coadjuvantes.
A sociedade que desenhamos com nossas maneiras
que transfiguram nossas manias e ardentes besteiras
canta, bem suave, todos os dias, profundas asneiras
que bendizemos, o tempo inteiro, em nossas falas corriqueiras.
(26Abr2018)
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DIREITO DE ME ROUBAREM
Rondam tudo que eu tenho, tudo que sou
tudo que eu gostaria de ter, tudo que eu gostaria de ser.
Roubam meu presente e meu futuro, tudo que a vida apressou
carregam minha gente, que contente, se deixa levar;
compram tudo e todos que poderiam impedir essa devassa
buscam me deixar sem nada, buscam me escravizar.
Plantaram ódio e não vão colhera devida colheita
e se colherem, não estarão mais por aqui, já terão levado tudo
foi sempre assim, tem sido assim, sempre haverá esta desfeita
com chuva ou sem chuva, estarão sempre voltando, contudo,
para, com efeito, manterem-se com os roubos que, acreditam, terem direito.
(3Mai2018)
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SERÁ QUE NÃO TEM JEITO?
Será que não tem jeito de ser diferente?
não tem como sermos livres, não dominados pela ditadura do lucro?
a ditadura da ganância, da necessidade egoísta do intransparente?
gente que fica nas escondidas pagando pra manipular o bruto
camuflado de bom pra enganar e explorar o complacente?
Será que não tem jeito de ser mudado?
de deixarem que saiamos da bancarrota para uma vida sadia?
de pararmos de ser robôs, gente sem valor, tratado como coitado?
para desfrutarmos do que desfrutam, com a nossa melhor ousadia?
Será que não tem como, em seus afazeres?
eles ganharem demais por tirar do que temos direito?
enricarem com nosso suor, empobrecermos com seus prazeres?
se passarem de amigos preocupados com seus confeitos?
Será que não tem jeito para nós e nossa ignorância?
sairmos da defesa deles que não precisam, que se garantem?
e nos achegarmos a nós, em nossa defesa sem importância?
nos colocarmos do lado dos mais fracos ao nosso redor
que em todo o tempo são encantados, pra que se encantem.
(10Mai2018
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GENTE SEM JEITO DE GENTE
"Cabeça de bagre", como diz tanta gente
é o que tanta gente é, por não aprender a ser gente
com tanta dor e "topada" que a vida concede aos inteligentes
que, com fome de crescer, ser gente, gasta-se em aprender ser gente.
É uma loucura desenfreada, um suicídio encabrestado
quando gente, se dizendo gente, se camufla entonteado
e faz tolices que gente, sem ser gente, desses encrustados
escapole de se realizar, aprender, a mostrar-se gente encapuzado.
É bem assim mesmo, e a todo momento vemos gente assim,
apanelado como se fosse gente, querendo dizer-se afim
é gente, dessas gentes, sem pé nem cabeça, que vivem assim:
cheios de vontades do que não querem, não sabem por que dizem sim.
(17Mai2018)
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SOU GENTE COTIDIANO
Acorda-se com o sono de ontem,  e os choros de amanhã, bom dia!
com os sonhos de hoje e as aventuras do nunca, que se escondia
lágrimas confusas que não se sabem a origem, nem como se pretendia
fazem as amarguras escondidas tomarem sufocos e alegrias tardias.
É assim que a sociedade se manifesta, por mais que o dia seja belo e manso
há prazeres estorcidos que fervilham a favor das tragédias que avanço
gritos que as madrugadas não gostam de ouvir, encarar ou dar descanso
para as manhãs serem de expectativas quanto ao dia que vivo e canso.
Nas dobradas cotidianas, nos ciganos que se me aparecem astutos
passo a passo, me levo pelo tempo que os dias me façam brutos
me deixo escorregar, de perto, desfrutar, ganhar mais vida e endutos
para concretizar minhas alegrias, canalizar minhas crias, num espírito resoluto.
(31Mai2018)
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MALDITOS MALDITOS
Será que aquelas pragas de gringos, não vão deixar a gente ser gente?
Será que nunca vão deixar de nos tratar como propriedade da usura deles?

Será que sempre estarão sugando nossa energia, nosso ouro e nossa mente?
Malditos, malditos, perversos, nojentos, monstros, malditos são eles.
Será que nunca acordaremos para as fantasias e mentiras daqueles gringos?
Será que passaremos a vida, a existência toda, sendo quintal de interesse atrós?
Será que nosso destino é o de sempre viver explorados e desabafar em xingos?
Malditos, malditos, nos sabotamos todo tempo para eles, malditos somos nós.
(7Jun2018)
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A RIQUEZA E SEUS COMPARSAS
Como a riqueza é perversa, como ela é insensível, dura, perigosa
pra fazer a mentira ser verdade, pra fazer doçura, da amargosa
ela conspira, assalta, embarga, corrompe, ela escraviza o outro
ela se faz de anjo para tragar, faminta, a existência de qualquer potro.
Ela coloca irmãos contra irmãos, famílias contra famílias, faz a guerra
distorce a realidade, macula a verdade, e deixa má toda uma cidade
o que puder fazer para desfazer o outro, fará, sem nenhum receio de errar
sem nenhuma dor por ser e fazer assim, mentindo pra se vangloriar.
As pessoas não podem ser pessoas, isso é reservado só a eles mesmos
os povos não podem ser nação, isso é preservado somente a termos
somente eles são e podem ser o povo mais invejado do mundo.
Bancam o Xerife, como nos filmes maçantes e alienantes que fazem
com poderes extorquidos em organizações que inventam a seu favor
para punir quem não gostam, pra destruir quem não lhes aprazem
para elevar, por um tempo estratégico, os que lhes cedem com dor.
A riqueza é má, e piores são seus escravos doentios e deplorados
um garante motivação ao outro para serem, juntos, malgrados
um enfurece o outro para agirem, juntos, como dragões afamados
um empobrece o outro para serem ricos, juntos, como esfomeados
odiados por todos os cantos, malfalados e evitados por onde forem.
(14Jun2018)
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PRODUTO DO MEIO
Quem somos nós, se não a massa onde estamos, e dela somos?
Quem somos nós, se não a onda onde estamos, e dela somos?
Na verdade somos o todo, que do todo compartilhamos  a existência
a massa que se impõe, que sendo todos, não é, exatamente, alguém
um ser vivo mais que inteligente, que modela o pensamento da gente
e se eleva sobre todos, e nós, no tempo, no presente e no ser.
Somos gente, disto tudo, que se aborrece com o atraso dos outros
gente que se enfurece pelo avançado agir, evolutivo dos outros
mas que faz parte da onda sem fim, que continua a ser bem assim.
(28Jun2018)
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SAUDÁVEIS E CONTURBADOS
A sociedade que meu berço tem, é o berço que a sociedade me trás
o mundo que conspira pelo meu bem, é o bem que conspira pelo mundo e paz
e nesta onda de vai e vem, onde estou a crescer e voltar de forma contumaz
sinto meus pés levitarem sem, sinto meu corpo a voar como leão voraz.
Como sentir alguma coisa saudável, num momento tão, em si, conturbado
só cantar, não lhe faz amável, mas cantando a gente fica bem acostumado
só reclamar não me faz remediável, mas reclamando se aprende motivado
assim, como menino implacável, a gente vive, segue em frente ataviado
cheios de esperanças e constrangimentos, de sonhos e emolimentos mais.
(05Jul2018)
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GENTE IGUAL A MIM
Gente, minha gente, que perambula por aí, como gente indigente
que se orgulha de ser indiferente ao que fazem por aí, contra sua gente.
Gente, minha gente, que sobrevive bem assim, como emergente
em busca de se refrescar em sua mente, para continuar no consciente
sendo gente sem eira nem beira, mas contente, com os estragos que sente
para ser esta gente latente, que só sabe ser gente servente.
Minha gente, que me incluo, mesmo que lamente, por suas dores frequentes,
que me envolvo inconsciente, por ser gente do mesmo prato-semente
que hoje lamenta, mas amanhã, na oportunidade de voltar a ser gente
vai bater panelas para nunca sair da senzala que, sem dó, alguma gente
fará questão que nunca deixemos de ser sua, somente.
(09Ago2018)
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