Poesiar é Olhar a Mão

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Sabe o que é gostar de ter tudo em suas mãos?
Sentir no tato dos dedos a vida e a sua beleza estampada?
Ter a natureza com seus devaneios em inspiração?
Gostar de sentir-se um deus poderoso  em boa catimbada?
Isso sim é que chamamos poesia, o ser poeta de mão cheia,
Dar vida ao que presencia, ao que afeta, ao que lhe permeia.
Ter sempre a última palavra rimada do que bem semeia.
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O encantador de poemas, que cobiça contar o que sente
tem a mão estendida ao que toca, e ao que quer contar
sente na palma os dilemas, vislumbra o mundo contente
descansa o tato no que provoca, e se descansa em sonhar.
O encantador de versos, que pinça montar o que consente
torna-se um atrevido que sabe cantar o que vem do coração
alucina num relato imerso, que, por si, não sabe dizer não.
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Poesia é a própria mão que acalanta a verdade escondida
a grande porção que busca palavras para se expressar
é a melhor busca pela versão mais apropriada e aplaudida
é ser poesia, rica ou pobre, mas conteúda com seu falar.
Poesiar é este alegre receio de não dizer tudo que deseja
abrir a mente e a mão para entender o que guarda em si
abrir o próprio coração para empreender peleja... por fim.

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